A estrutura da cantiga de amor seguia sempre um determinado padrão: as estrofes sempre tinham um número determinado de versos (geralmente entre dois e cinco), apresentavam, muitas vezes, estribilho e refrão e a métrica era bem marcada.
O amor cortês apresenta-se como ideal, como aspiração que não tende à relação sexual mas surge como estado de espírito que deve ser alimentado. Pode-se definir, de acordo com a teoria platónica, como ideia pura; aspiração e estado de tensão por um ideal de mulher ou ideal de amor; amor fingimento; enquanto o amor provençal se apresenta mais fingido, de convenção e produto da imaginação e inteligência, nos trovadores portugueses, aparece, supostamente, mais sincero, como súplica apaixonada e triste.
Há uma variedade nas cantigas de amor:
Canções de Mestria (perfeitas obras de mestres). Nelas existem:
- Dobre - Consiste na repetição da mesma palavra em lugares simétricos da estrofe.
- Mozdobre - Como a dobre, é a repetição da mesma palavra em sítio simétrico da estrofe, jogando, porém, com as suas flexões.
- Atafinda - Consiste na ligação do período ou da oração que terminam no meio do verso ou da estrofe seguinte.
- Finda - É uma espécie de conclusão em dois ou três versos, que resume a cantiga.
- Verso Perdudo - É um verso introduzido no meio da estrofe, sem correspondência rimática.
Tenções - São diálogos entre dois trovadores nos quais um procura contrariar o outro.
Desacordos - Eram composições multilingues nas quais se exprimiam conflitos de amor.
Prantos - São lamentações pela morte de alguém ou então desabafos de coitas de amor.
Cantigas de refrão - São cantigas de amor onde aparece o refrão, típico das cantigas de amigo.
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