quinta-feira, 17 de março de 2016

O Renascimento. Humanismo e Classicismo

RenascimentoRenascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIV e o fim do século XVI . Os estudiosos, contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana. Apesar destas transformações serem bem evidentes na culturasociedade,economiapolítica e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comummente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.

Arte

Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-romana, as construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas à nova realidade moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos e a construção de palácios e mosteiros seguindo as mesmas bases. 
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    Pintura
Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras, espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior ênfase à realidade e maior durabilidade às obras. 
              

 

·       Escultura
Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artística que melhor representa o renascimento, no sentido humanista. Utilizando-se da perspectiva e da proporção geométrica, destacam-se as figuras humanas, que até então estavam relegadas a segundo plano, acopladas às paredes ou capitéis. No renascimento a escultura ganha independência e a obra, colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos. 
Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras, refletindo seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado refletindo o naturalismo. 
Encontramos várias obras retratando elementos mitológicos, como o Baco, de Michelangelo, assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e papas.
 

·       Arquitetura
Os arquitetos renascentistas perceberam que a origem de construção clássica estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o quadrado, aplicando-se a perspectiva, com o intuito de se obter uma construção harmónica. Apesar de racional e antropocêntrica, a arte renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adotaram um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade, representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Os palácios também foram construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo sólido e normalmente com um pátio central, quadrangular, que tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas.






HUMANISMO

humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.
Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes.
Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como consequência o regime feudal de servidão desapareceu.
Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.
O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.
As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.
É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.

CLASSICISMO
Em arte, classicismo refere-se ao mundo antigo, ou seja, à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio, o rigor ou, segundo a nomenclatura proposta por Friedrich Nietzsche, pretende ser mais apolínea que dionisíaca.

Alguns historiadores de arte, entre eles Giulio Carlo Argan, alegam que, na história da arte, concorrem duas grandes forças, constantes e antagônicas: uma delas é o espírito clássico; a outra, oromântico. As três grandes manifestações classicistas da Idade Moderna europeia são o renascimento, o humanismo e o neoclassicismo. A arte clássica, por conta de seu contexto histórico, é impulsionada por grande explosão de vida e confiança no ser humano. Por isso, essas manifestações artísticas são marcadas pela visão antropocêntrica, que evidenciará a beleza do corpo humano na pintura e na escultura.

Contextualização da Lírica Camoniana e Vida e obra de Camões

Quem foi?

Sabe-se que o maior poeta português, Luís Vaz de Camões, nasceu provavelmente em Lisboa (Portugal), por volta de 1524 e pertenceu a uma família da pequena nobreza, de origem galega.

Este poeta do classicismo português possui obras que o coloca a altura dos grandes poetas do mundo. Seu poema épico Os Lusíadas divide-se em dez cantos repartidos em oitavas. Esta epopéia tem como tema os feitos dos portugueses: suas guerras e navegações. 

Dono de um estilo de vida boêmio, este escritor lusitano foi freqüentador da Corte, viajou para o Oriente, esteve preso, passou por um naufrágio, foi também processado e terminou em miséria. Seus últimos anos de vida foram na mais completa pobreza. 

A bagagem literária deixada pelo escritor é de inestimável valor literário. Ele escreveu poesias líricas e épicas, peças teatrais, sonetos que em sua maior parte são verdadeiras obras de arte. 


Criador da linguagem clássica portuguesa,  teve seu reconhecimento e prestígio cada vez mais elevados a partir do século XVI. Faleceu em Lisboa, Portugal, no ano de 1580. Seus livros vendem milhares de exemplares atualmente, sendo que foram traduzidos para diversos idiomas (espanhol, inglês, francês, italiano, alemão entre outros). Seus versos continuam vivos em diversos filmes, músicas e roteiros.

Obras de Camões:

1572- Os Lusíadas

Lírica:

1595 - Amor é fogo que arde sem se ver 
1595 - Eu cantarei o amor tão docemente 
1595 - Verdes são os campos 
1595 - Que me quereis, perpétuas saudades? 
1595 - Sobolos rios que vão 
1595 - Transforma-se o amador na cousa amada 
1595 - Sete anos de pastor Jacob servia 
1595 - Alma minha gentil, que te partiste 
1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades 
1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso 

Teatro:

1587 - El-Rei Seleuco.
1587 - Auto de Filodemo.
1587 - Anfitriões

Crónica de D. João I

Esta crónica, impressa pela primeira vez em Lisboa, em 1644, foi deixada incompleta por Fernão Lopes, sendo de sua autoria a primeira (o interregno entre a morte de D. Fernando e a eleição de D. João I) e a segunda parte (o reinado de D. João I até 1411), não se sabendo se terá legado manuscritos para a terceira parte, redigida pelo seu sucessor, Gomes Eanes de Zurara, conhecida como Crónica da Tomada de Ceuta.

É no prólogo da Crónica de D. João I que o cronista expõe o seu objetivo e método de historiar inovador. O seu desejo é "em esta obra escrever verdade sem outra mistura", para o que faz concorrer toda a gama de documentos possível, desde narrativas a documentos oficiais, confrontando-os entre si para assegurar a veracidade dos registos existentes. Ao mesmo tempo, esta crónica estabelece, de certa forma, o ponto de chegada das duas crónicas precedentes, na medida em que estas preparam os acontecimentos que culminam com a sublevação popular e consequentemente, com a entronização de D. João I. 

A primeira parte da crónica descreve a insurreição de Lisboa na narração célere dos episódios quase simultâneos do assassinato do conde Andeiro, do alvoroço da multidão que acorre a defender o Mestre e da morte do bispo de Lisboa. Ao longo dos capítulos, fundamenta-se a legitimidade da eleição do Mestre, consumada nas cortes de Coimbra, na sequência da argumentação do doutor João das Regras, enquanto desfecho inevitável imposto pela vontade da população. Nesta primeira parte, o talento do cronista na animação de retratos individuais, como os de D. Leonor Teles ou D. João I, excede-se na composição de uma personagem coletiva, o povo, verdadeiro protagonista que influi sobre o devir dos acontecimentos históricos. 

Na segunda parte, o ritmo narrativo diminui, tratando-se agora de reconhecer o rei saído das cortes, e é de novo pela ação do povo que a glorificação do monarca é transmitida, como, por exemplo, no modo como o acolhe a cidade do Porto. Um outro momento de maior relevo é consagrado, nesta parte, à narrativa da Batalha de Aljubarrota, embora aí não ecoe o mesmo tom de exaltação com que, na primeira parte, colocara em cena o movimento da massa popular.

Crónica de D. Fernando

Crónica de D. Fernando foi redigida por Fernão Lopes, entre 1440 e 1450, e constitui a segunda das três grandes crónicas do primeiro cronista régio. O cronista relata na sua ordem cronológica os factos mais destacáveis do reinado e vida de D. Fernando, compondo um balanço antitético da sua ação governativa, no que diz respeito à política governativa interna e externa, e aos traços contraditórios da sua personalidade. Assim, o relato das três guerras com Castela, que ocupa grande parte da crónica, merece um juízo desfavorável pelas consequências económicas que produziu enquanto aventuras bélicas não plenamente justificadas. Por outro lado, as medidas tomadas pelo rei, no âmbito da administração interna, são enaltecidas pelo narrador, como, por exemplo, "a proveitosa ordenação de mandar que as terras do reino fossem todas lavradas e aproveitadas" ou os privilégios que concedeu "aos que comprassem ou fizessem naus". Mas é nos aspetos da vida pessoal que o ponto de vista do cronista é mais condenatório, nomeadamente na sua relação e casamento com D. Leonor Teles, cujas manobras permitem de resto ao autor compor um dos mais ricos retratos da sua galeria de personagens históricas. A reprovação dos "povos de Lisboa" face a um casamento que não honrava o seu rei e a recusa do monarca em ouvir a voz do povo, que na perspetiva do cronista é a voz da razão, é decisiva para uma condenação de D. Fernando, sobretudo quanto às consequências nefastas desse ato irrefletido durante o interregno, ao colocar em perigo a integridade do reino e ao lançar o país numa profunda crise nacional.

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