sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Um Auto de Gil Vicente

Drama histórico da autoria de Almeida Garrett, representado pela primeira vez em Agosto de 1838, no Teatro da Rua dos Condes, e publicado posteriormente em volume. No prefácio teórico do autor, este debate o problema do declínio da arte dramática em Portugal e defende a urgência de se fazer ressuscitar o teatro nacional, projeto a que a obra se encontra concretamente ligada. 
Nesta peça, evoca-se a corte de D. Manuel I e as duas grandes individualidades literárias que nela evoluíram: Bernardim Ribeiro (representante da poesia aristocrática) e Gil Vicente (defensor do teatro). Garrett conseguiu, assim, a proeza de abordar o Teatro através do teatro, tendo como pano de fundo os ensaios para a peça Cortes de Júpiter, escrita por Gil Vicente para celebrar a partida da Infanta D. Beatriz para Saboia, onde se casaria com Carlos III.

A peça é dividida em três atos, sendo que cada um se desenrola num espaço diferente. O primeiro passa-se em Sintra onde Pero Çafio, um dos frequentes atores das peças de Gil Vicente, ensaia a sua participação nas Cortes de Júpiter
No segundo ato, desenrolado nos Paços da Ribeira, assistem-se aos preparativos da representação: Gil Vicente e Paula Vicente não gostam do ensaio de Joana do Taco, destacada para interpretar Taes. Bernardim aparece disfarçado e pede para falar com Gil Vicente, pedindo-lhe o papel da moura.  O terceiro ato passa-se a bordo do Galeão Santa Catarina que levará a Infanta ao seu destino. D. Manuel vem despedir-se da sua filha e traz consigo Chatel, o seu Secretário, que demonstra algumas desconfianças sobre a postura da Infanta. Por intermédio de Paula Vicente, Bernardim consegue visitar D. Beatriz a quem declara o seu amor.

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